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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Quadrado de três lados

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É sempre noite de delírios,
Que a morte aspira a seiva da energia, 
E a alma valsa junto a outros espíritos, 
A balada da eterna letargia.

O ser incompleto nem voa, nem fica,
Em soluços ébrios de desgraça gira
E suspirando a dura sina desdita,
Clama de tristeza e de ira.

E se derrama em pranto incontido,
Sobre corpo inerte do ser amado
Qual ave que vagueia sem abrigo,
Dos céus abatido,
Enfermo,
Outrora alado.

É louco
Um quadrado de três lados
Inconcebível
É Bruto
Vestir-se de dor, saudade e luto

(Maria Santino)

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